quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019


Orientações
O início do ano letivo é um misto de ansiedade e esperança. Do primeiro contato com o grupo de alunos com suas distintas expectativas e de realizarmos um bom trabalho, que contribua com nossa comunidade.
Neste ano as expectativas não são muito diferentes. Entretanto temos nestes 15 dias letivos (iniciais) uma atividade expedida diretamente da SEED, a Avaliação Diagnóstica. Para compreendermos melhor, seguem algumas informações:   
Primeiramente vamos deixar claro que não há nada de novo, nós professores sempre iniciamos o ano letivo retomando conceitos vistos nos últimos anos letivos de nossas disciplinas, revendo conceitos “chaves” que julgamos necessários para o bom andamento letivo.
A avaliação diagnóstica é para Segundo Menezes e  Santos (2001) uma avaliação pedagógica e não punitiva, que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. De acordo com esta avaliação o professor precisa localizar, num determinado momento, em que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno.
Já a SEED (2018) expõe: “ No início do ano letivo, os professores de todas as disciplinas elaboraram uma avaliação diagnóstica que permita identificar como está a aprendizagem dos alunos, com o objetivo de nortear a elaboração de seu plano de trabalho docente no que diz respeito as metodologias, e estabelecimento de instrumentos e critérios de avaliação para a turma.”
Deste modo, é possível inferir que a Avaliação Diagnóstica deve ser realizada por cada professor e em cada disciplina a fim de verificar quais conceitos básicos os alunos reconhecem e de acordo com os resultados traçar metodologias que possam retomar tais conhecimentos.
Tais atividades vem a corroborar para a retomada deste ano letivo e corroborar para futuras avaliações como SAEP e IDEB.
Revendo isto trazemos a seguir dados da última avaliação a qual também pode ser entendida como diagnóstica de nossa escola, embora quem tenha a realizado foram os alunos do atual sétimo letivo.  


 Resultados Prova SAEP - Avaliação Diagnóstica 2018

Resultados língua portuguesa:

(Dados completos em Anexo)

Com base em tais resultados é verificável que nossos alunos:

Dominam:

Nível 1 -  Nível 1 – Até 125 pontos: (ou seja, conseguem)
Ler frases.
Localizar informações em frases, bilhetes curtos e versos.
Reconhecer gênero e finalidade de receitas.
Interpretar textos curtos com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.
Identificar o personagem principal em contos.

A grande maioria também conseguem:

Nível 2 – De 125 a 150 pontos:
Localizar informações em poemas narrativos.
Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas.
Identificar expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em histórias em quadrinhos.
Reconhecer os gêneros receita e adivinha e a finalidade de textos informativos.
Identificar o personagem principal em narrativas simples.

Nível 3 – De 150 a 175 pontos
Localizar informação explícita em contos, receitas e textos informativos curtos.
Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas.
Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos.
Inferir características de personagem em fábulas.
Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas.
Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em lendas.

Nível 4  - De 175 a 200 pontos:
Localizar informação explícita em contos, reportagens e fábulas.
Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instruções de jogo.
Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.
Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e pelo travessão em fábulas.
Reconhecer o gênero fábula.
Identificar a finalidade de textos informativos.

Metade dos alunos conseguem:

Nível 5 – De 200 a 225 pontos
Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.
Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de música.
Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.
Identificar assunto comum a duas reportagens.
Identificar o efeito de humor em piadas.
Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e poemas.
Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão adverbial em contos.
Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas, fábulas e contos.
Inferir efeito de humor em tirinhas e histórias em quadrinhos.
Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos e contos.
Reconhecer marcas características da linguagem científica em textos didáticos.

Apenas alguns alunos conseguem (E que seria nossa meta):

Nível 6 – De 225 a 250 pontos
Identificar assunto e informação principal em reportagens e contos.
Identificar assunto comum a cartas e poemas e a poemas e notícias.
Identificar informação explícita em letras de música e contos.
Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.
Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.
Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.
Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas, contos e reportagens.
Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.
Inferir a finalidade de fábulas e resenhas.
Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.
Inferir informação em poemas, reportagens, cartas e fábulas.
Diferenciar opinião de fato em reportagens e contos.
Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas.
Inferir sentido de palavra ou expressão em reportagens.


Já em Matemática temos:

(Dados completos em Anexo)

Já com relação a tais dados podemos inferir, que:

Dominam
Nível 1 – Até 150 pontos
Corresponder pontos dados em uma reta numérica, graduada de 2 em 2 ou de 5 em 5 unidades, ao número natural composto por até 3 algarismos que eles representam.
Identificar a localização de um objeto situado entre outros dois.
Reconhecer o formato do círculo em um objeto do cotidiano.
Executar adição ou subtração de números naturais de até 3 algarismos sem reagrupamento.
Localizar informações, relativas ao maior elemento, em gráficos de colunas.
Localizar informações apresentadas em gráficos de colunas, associando às informações dos eixos.
A grande maioria consegue:
Nível 2 – De 150 a 175 pontos
Determinar a área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas por meio de contagem.
Resolver problemas do cotidiano envolvendo adição de pequenas quantias de dinheiro.
Localizar informações, relativas ao menor elemento, em gráficos de colunas.
Localizar informações em tabelas simples.
Nível 3 – De 175 a 200 pontos
Localizar um ponto ou objeto em uma malha quadriculada ou croqui, a partir de duas coordenadas ou referências, ou vice-versa.
Reconhecer, entre um conjunto de polígonos, aquele que possui o maior número de ângulos.
Associar figuras geométricas elementares a seus respectivos nomes.
Converter uma quantia, dada na ordem das unidades de real, em seu equivalente em moedas.
Determinar o horário final de um evento a partir de seu horário de início e de um intervalo de tempo dado, todos no formato de horas inteiras.
Associar um número natural, formado por até 4 dígitos, à sua decomposição representada pela soma dos valores relativos de seus algarismos.
Associar a fração 1/4 a uma de suas representações gráficas.
Determinar o resultado da subtração de números representados na forma decimal, tendo como contexto o sistema monetário.
Comparar números racionais em sua representação decimal, com o mesmo número de casas decimais.
Utilizar a multiplicação de 2 números naturais, com multiplicador formado por 1 algarismo e multiplicando formado por até 3 algarismos, com até 2 reagrupamentos, na resolução de problemas do campo multiplicativo envolvendo a ideia de soma de parcelas iguais.
Reconhecer o maior valor em uma tabela de dupla entrada cujos dados possuem até duas ordens.
Reconhecer informações em um gráfico de colunas duplas.
Nível 4 – De 200 a 225 pontos
Reconhecer retângulos em meio a outros quadriláteros.
Reconhecer a planificação de uma pirâmide entre um conjunto de planificações.
Determinar o total de uma quantia a partir da quantidade de moedas de 25 e/ou 50 centavos que a compõe, ou vice-versa.
Determinar a duração de um evento cujos horários inicial e final acontecem em minutos diferentes de uma mesma hora dada ou em dois horários representados por horas exatas.
Converter uma hora em minutos.
Converter mais de uma semana inteira em dias.
Interpretar horas em relógios de ponteiros.
Determinar o resultado da multiplicação de números naturais por valores do Sistema Monetário Nacional, expressos em números de até duas ordens, e posterior adição.
Determinar os termos desconhecidos em uma sequência numérica de múltiplos de cinco.
Determinar a adição, com reserva, de até três números naturais com até quatro ordens.
Determinar a subtração de números naturais, usando a noção de completar.
Determinar a multiplicação de um número natural de até três ordens por cinco, com reserva.
Determinar a divisão exata de número formados por 2 algarismos por números de um algarismo.
Reconhecer o princípio do valor posicional do Sistema de Numeração Decimal.
Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo com o apoio de figuras.
Associar a metade de um total ao seu equivalente em porcentagem.
Associar um número natural à sua decomposição expressa por extenso.
Localizar um número em uma reta numérica graduada em que estão expressos números naturais consecutivos e uma subdivisão equivalente à metade do intervalo entre eles.
Reconhecer o maior valor em uma tabela cujos dados possuem até oito ordens.
Localizar dados em tabelas de múltiplas entradas.

Nível 5 – De 225 a 250 pontos
Localizar um ponto entre outros dois fixados, apresentados em uma figura composta por vários outros pontos.
Reconhecer a planificação de um cubo entre um conjunto de planificações apresentadas.
Determinar a área de uma região retangular representada em uma malha quadriculada.
Determinar o horário final de um evento a partir do horário de início, dado em horas e minutos, e de um intervalo dado em quantidade de minutos superior a uma hora.
Resolver problemas envolvendo conversão de litro para mililitro.
Converter mais de uma hora inteira em minutos.
Converter uma quantia dada em moedas de 5, 10, 25 e 50 centavos e de 1 real em cédulas de real.
Estimar a altura de um determinado objeto com referência aos dados fornecidos por uma régua graduada em centímetros.
Determinar o resultado da subtração, com recursos à ordem superior, entre números naturais de até cinco ordens, utilizando as ideias de retirar e comparar.
Determinar o resultado da multiplicação de um número inteiro por um número representado na forma decimal, em contexto envolvendo o sistema monetário.
Determinar o resultado da divisão de números naturais formados por 3 algarismos, por um número de uma ordem, usando noção de agrupamento.
Resolver problemas envolvendo a análise do algoritmo da adição de dois números naturais.
Resolver problemas envolvendo adição, subtração e/ou multiplicação de números racionais em contexto do sistema monetário.
Resolver problemas que envolvam a metade e o triplo de números naturais.
Localizar um número em uma reta numérica graduada em que estão expressos o primeiro e o último número representando um intervalo de tempo de dez anos, com dez subdivisões entre eles.
Localizar um número racional dado em sua forma decimal em uma reta numérica graduada em que estão expressos diversos números naturais consecutivos, com dez subdivisões entre eles.
Reconhecer o valor posicional do algarismo localizado na 4ª ordem de um número natural.
Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, com apoio de um polígono dividido em oito partes ou mais.
Associar um número natural às suas ordens, ou vice-versa.

Metade dos alunos conseguem:
Nível 6 – De 250 a 275 pontos
Reconhecer polígonos presentes em um mosaico composto por diversas formas geométricas.
Determinar a duração de um evento a partir dos horários de início, informado em horas e minutos, e de término, também informado em horas e minutos, sem coincidência nas horas ou nos minutos dos dois horários informados.
Converter a duração de um intervalo de tempo, dado em horas e minutos, para minutos.
Resolver problemas envolvendo intervalos de tempo em meses, inclusive passando pelo fim do ano (outubro a janeiro).
Reconhecer que, entre quatro ladrilhos apresentados, quanto maior o ladrilho, menor a quantidade necessária para cobrir uma dada região.
Reconhecer o m² como unidade de medida de área.
Determinar o resultado da diferença entre dois números racionais representados na forma decimal ou entre frações de denominadores iguais.
Determinar o resultado da divisão exata entre dois números naturais, com divisor até quatro e dividendo com até quatro ordens.
Determinar porcentagens simples (25%, 50%, 100%).
Associar a metade de um total a algum equivalente, apresentado como fração ou porcentagem.
Associar números naturais à quantidade de agrupamentos de 1 000.
Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, sem apoio de figuras.
Localizar números em uma reta numérica graduada em que estão expressos diversos números naturais não consecutivos e crescentes, com uma subdivisão entre eles.
Resolver problemas por meio da realização de subtrações e divisões, para determinar o valor das prestações de uma compra a prazo (sem incidência de juros).
Resolver problemas que envolvam soma e subtração de valores monetários.
Resolver problemas que envolvam a composição e a decomposição polinomial de números naturais de até cinco ordens.
Resolver problemas que utilizam a multiplicação envolvendo a noção de proporcionalidade.
Reconhecer a modificação sofrida no valor de um número quando um algarismo é alterado.
Reconhecer que um número não se altera ao multiplicá-lo por 1.
Interpretar dados em uma tabela simples.
Comparar dados representados pelas alturas de colunas presentes em um gráfico.

Apenas alguns alunos conseguem (meta):
Nível 7 – De 275 a 300 pontos
Interpretar a movimentação de um objeto utilizando referencial diferente do seu.
Reconhecer um cubo a partir de uma de suas planificações desenhadas em uma malha quadriculada.
Reconhecer ampliação ou redução de um polígono desenhado em malha quadriculada.
Determinar o perímetro de um retângulo desenhado em malha quadriculada.
Converter medidas dadas em toneladas para quilogramas.
Resolver problemas envolvendo conversão de quilograma para grama.
Converter uma quantia, dada na ordem das dezenas de real, em moedas de 50 centavos.
Estimar comprimento/altura de um objeto a partir de outro, dado como unidade padrão de medida.
Resolver problemas sobre intervalos de tempo envolvendo adição e subtração e com intervalo de tempo passando pela meia-noite.
Determinar a quantidade de dezenas presentes em um número de quatro ordens.
Resolver problemas que envolvem a divisão exata ou a multiplicação de números naturais.
Associar números naturais à quantidade de agrupamentos menos usuais, como 300 dezenas.
Interpretar dados em gráficos de setores.

Referências:
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete avaliação diagnóstica. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/avaliacao-diagnostica/>. Acesso em: 20 de fev. 2019.

SEED, 2018. In: AÇÕES SIGNIFICATIVAS DE GESTÃO ESCOLAR <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/acoes_avaliacao_educacional.pdf> Acesso em 20 de fevereiro de 2019.


ANEXO


     

quinta-feira, 2 de abril de 2015

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Planetário Anelar - NOVO

O presente trabalho demonstra a construção e possibilidades de aplicação de
um objeto de aprendizagem para o ensino de conceitos astronômicos. Confeccionado
com materiais de baixo custo, este equipamento manipulável objetiva a simulação e
assimilação de conceitos astronômicos, tais como: alternância das estações do ano,
rotação terrestre, movimento aparente do Sol, entre outros. Deste modo, o texto vem
discorrer sobre as orientações de sua construção e na parte final traz sugestões de
aplicações.














Além da construção de um modelo utilizando o papelão e bolas de isopor em branco, você pode construir o seguinte modelo.




















MAIORES INFORMAÇÕES, PRINCIPALMENTE QUANTO A MONTAGEM , MOLDES E REFERÊNCIAS: http://www.sinect.com.br/2014/selecionados.phpV%20WORKSHOP%20DE%20ARTE-CI%C3%8ANCIA 
-
CONSTRUÇÃO E APLICAÇÕES DE UM PLANETÁRIO DE 
BAIXO CUSTO NO ENSINO DE ASTRONOMIA
Anderson Giovani Trogello
Marcos Cesar Danhoni Neves
Rodolfo Langhi

terça-feira, 29 de abril de 2014

Modelo Heliocêntrico em Madeira

Olá pessoal...

Nesta postagem venho compartilhar a produção de um objeto de madeira representando a concepção heliocêntrica. Muito comum em artigos de metal este instrumento produzido em madeira garante durabilidade e um preço inferior aos artigos metálicos.
A utilização demonstrativa deste objeto pode fomentar a discussão dos modelos geocêntricos e heliocêntricos, pois como salientam Langhi e Nardi (http://www.relea.ufscar.br/num2/A3%20n2%202005.pdf) (p. 78): o entendimento de tais conceitos é conflitante e propicia inúmeras concepções alternativas aos educandos.



Observem na órbita terrestre há outro disco, simbolizando a órbita lunar. 
Maiores informações: trogello@hotmail.com

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

MAQUETE LUNAR

Compreender a lua como um objeto esférico, com crateras e montanhas hoje em dia com tecnologias ópticas é bastante aceitável. No entanto, no entanto muitos alunos ainda apresentam concepções alternativas quanto ao formato, a superfície lunar, compreendendo-a como discos (BISCH, 1998).
Atividades que favoreçam o reconhecimento das características físicas não observadas a olho nu são essenciais na transposição de concepções alternativas.
A preocupação de compreender a Lua em suas particularidades, aquém da esfera mítica é antiga. Um dos primeiros a obter sucesso em suas conclusões foi o cientista Galileu Galilei, ao observar diretamente o satélite terrestre com um telescópio (perspicillum galineano), averiguando crateras e montanhas (DANHONI NEVES et. al, 2010).
Atualmente muitas das escolas ainda não contam com um aparelho óptico, como um aparelho óptico que permita a observação das crateras e montanhas lunares, mesmo a 400 anos após intervenções cientificas de Galileu.
Além disso, há aqueles educandos com dificuldades especiais que o impossibilita de atividades observacionais telescópicas. Deste modo, o presente trabalho propõe a construção de um objeto de aprendizagem de baixo custo para representar as características da Lua aos educandos.
A confecção deste objeto envolve: uma bola de isopor (qualquer tamanho), papel cartão preto e um pincel, encontrados em papelarias; 500 ml de massa corrida e lixa de revestimento, encontradas em lojas de materiais de construção e espátulas.
Inicialmente é necessária a escolha da bola de isopor. Neste trabalho foi escolhida uma de 150 mm de diâmetro. No entanto, como a atividade procederá com o intuito demonstrativo é recomendável uma esfera maior ainda.
Com espátulas ou mesmo pincel espalhe a massa corrida sobre a esfera de isopor, deixando a superfície da bola homogênea. Com o material de revestimento ainda úmido, desenhe crateras, simbolizando as da Lua (Fotografia 1).

Fotografia 1: Desenhando crateras lunares com pincel em meio a massa corrida ainda úmida.
Fonte: Autoria própria.
Ao secar a massa corrida pode apresentar muitas imperfeiçoes, as quais podem ser corrigidas utilizando a lixa.
O educador pode ainda construir um cone de papel cartão simbolizando o cone de sombra que se forma por ocorrência da iluminação solar e que ocasiona eclipses solares (Fotografia 2).
Para acoplar o cone à lua é necessário utilizar um palito de churrasco (papelaria) ou uma barra de ferro rosqueada (materiais de construção) que atravessem a bola de isopor (Lua) e o cone de sombra (Fotografia 2).

Fotografia 2: Luas com os cones de sombra.
Fonte: Autoria própria.
A principal referência de uso deste objeto está na própria demonstração. Mostrar aos alunos que a Lua é uma superfície sólida, com crateras e montanhas são intervenções importantes ao ensino de Astronomia.
O professor pode usufruir deste objeto abordando a contextualização história, pois antes dos trabalhos de Galileu e posteriores, os povos pensavam a Lua com uma superfície sem imperfeições.
Contextualizações com relação a escala do sistema Sol, Terra e Lua também são validas. Qual tamanho teria a Terra, ou o Sol em relação a esta Lua? Lembrando que para uma Lua de 10 cm, a Terra seria de aproximadamente 36 cm e estariam distantes a 11 metros (Tabela 1).
Tabela 1: Sistema Sol-Terra-Lua: escala considerando uma Lua com 10 cm de diâmetro.
Escala 1 = 34750000.

Diâmetro Real (Km)
Diâmetro nesta escala (cm)
Distância Real
Distância nesta escala (m)
Sol
1.390.000
4000
______

Terra
12.756,28
36,5
149.600.000 (ao Sol)
4305
Lua
3.475
10
384.399 (à Terra)
11

Fonte: Autoria própria.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PROJETOR SOLAR



Esta atividade inclui recursos de aquisição dificultada, pois utiliza uma luneta (telescópio refrator) e um suporte universal. Com este recurso é possível projetar o Sol em uma folha de papel possibilitando a demonstração de manchas solares e seu formato esférico.

O Sol desde os primórdios despertou o interesse dos povos. Fonte de energia e mantenedor da vida terrestre este astro despertou crenças e admiração. No entanto sua observação direta a olho nu é perigosa e NÃO ACONSELHADA.
Deste modo o presente trabalho, propõe a observação do Sol por meio da PROJEÇÃO SOLAR (refração). O qual consiste em projetar a imagem do Sol em uma folha de papel, sem agredir a visão humana. 
Este método foi utilizado inicialmente a mais de quatro séculos. Galileu Galilei foi um dos primeiros cientistas a utilizar este recurso, ficando surpreso ao verificar que o Sol não era aquela esfera homogênea e perfeita como se acreditava até então. Aquele astro possuía manchas escuras que estavam a girar de acordo com a rotação do Sol.

Os materiais utilizados neste objeto não são de fácil aquisição. Utiliza o equipamento Galileoscópio (objeto óptico) disponibilizado para inúmeras escolas pela Comissão da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Os demais materiais são: pedaço de papelão de 25cmx25cm; suporte universal; garra metálica e folha de papel em branco (Fotografia 1).
1º Etapa: Faça um orifício na região central do pedaço de papelão de diâmetro igual ao da parte frontal do Galilescópio.
2ª Etapa: Acople o pedaço de papelão no Galileoscópio.
3ª Etapa: Posicione o Galileoscópio no suporte universal, com auxílio da garra metálica (Fotografia 1).
Fotografia 1: Projetor Solar. A) Galileoscópio; B) Placa de papelão; C) Suporte universal com garra metálica; D) Folha de papel coletora de luz.
Fonte: Autoria própria.
4ª Etapa: Direcione o instrumento ao Sol, baseado em sua sombra e NUNCA OBSERVANDO DIRETAMENTE.
Com uma folha de papel em branco colete a luz da refração do Sol, podendo desta forma demonstrar manchas solares e eclipses (Fotografia 1).
As imagens reproduzidas por este objeto são de ótima qualidade, possibilitando sim investigações esclarecidas. Deste modo, o professor pode estar contextualizando a refração solar em diferentes dias, observando a movimentação de manchas (Fotografia 2).
É valido novamente ressaltar a periculosidade de estar observando o Sol diretamente com este equipamento. Deste modo outros modelos também são incentivados nos trabalhos de Catelli et. al. (2009); Livi (2009): Reis, Garcia e Baldessar (2012), dentre outros.
Fotografia 2: Imagens do Projetor do Sol e de projeções realizadas; percebe-se o formato do Sol e a presença de manchas solares.

Fonte: Autoria própria.