Atividades que favoreçam o reconhecimento das
características físicas não observadas a olho nu são essenciais na transposição
de concepções alternativas.
A preocupação de compreender a Lua em suas
particularidades, aquém da esfera mítica é antiga. Um dos primeiros a obter
sucesso em suas conclusões foi o cientista Galileu Galilei, ao observar
diretamente o satélite terrestre com um telescópio (perspicillum galineano), averiguando crateras e montanhas (DANHONI
NEVES et. al, 2010).
Atualmente muitas das escolas ainda não contam
com um aparelho óptico, como um aparelho óptico que permita a observação das
crateras e montanhas lunares, mesmo a 400 anos após intervenções cientificas de
Galileu.
Além disso, há aqueles educandos com
dificuldades especiais que o impossibilita de atividades observacionais
telescópicas. Deste modo, o presente trabalho propõe a construção de um objeto
de aprendizagem de baixo custo para representar as características da Lua aos
educandos.
A confecção deste objeto envolve: uma bola de
isopor (qualquer tamanho), papel cartão preto e um pincel, encontrados em
papelarias; 500 ml de massa corrida e lixa de revestimento, encontradas em
lojas de materiais de construção e espátulas.
Inicialmente é necessária a escolha da bola de
isopor. Neste trabalho foi escolhida uma de 150 mm de diâmetro. No entanto,
como a atividade procederá com o intuito demonstrativo é recomendável uma
esfera maior ainda.
Com espátulas ou mesmo pincel espalhe a massa
corrida sobre a esfera de isopor, deixando a superfície da bola homogênea. Com
o material de revestimento ainda úmido, desenhe crateras, simbolizando as da
Lua (Fotografia 1).
Fotografia 1: Desenhando crateras lunares com
pincel em meio a massa corrida ainda úmida.
Fonte: Autoria própria.
Ao secar a massa corrida pode apresentar
muitas imperfeiçoes, as quais podem ser corrigidas utilizando a lixa.
O educador pode ainda construir um cone de
papel cartão simbolizando o cone de sombra que se forma por ocorrência da
iluminação solar e que ocasiona eclipses solares (Fotografia 2).
Para acoplar o cone à lua é necessário
utilizar um palito de churrasco (papelaria) ou uma barra de ferro rosqueada
(materiais de construção) que atravessem a bola de isopor (Lua) e o cone de
sombra (Fotografia 2).
Fotografia 2: Luas com os cones de sombra.
Fonte: Autoria própria.
A principal referência de uso deste objeto
está na própria demonstração. Mostrar aos alunos que a Lua é uma superfície
sólida, com crateras e montanhas são intervenções importantes ao ensino de
Astronomia.
O professor pode usufruir deste objeto
abordando a contextualização história, pois antes dos trabalhos de Galileu e
posteriores, os povos pensavam a Lua com uma superfície sem imperfeições.
Contextualizações com relação a escala do
sistema Sol, Terra e Lua também são validas. Qual tamanho teria a Terra, ou o
Sol em relação a esta Lua? Lembrando que para uma Lua de 10 cm, a Terra seria
de aproximadamente 36 cm e estariam distantes a 11 metros (Tabela 1).
Tabela 1: Sistema Sol-Terra-Lua: escala
considerando uma Lua com 10 cm de diâmetro.
Escala 1 = 34750000.
|
Diâmetro Real (Km)
|
Diâmetro nesta escala (cm)
|
Distância Real
|
Distância nesta escala (m)
|
Sol
|
1.390.000
|
4000
|
______
|
|
Terra
|
12.756,28
|
36,5
|
149.600.000 (ao Sol)
|
4305
|
Lua
|
3.475
|
10
|
384.399 (à Terra)
|
11
|
Fonte: Autoria própria.