sexta-feira, 23 de agosto de 2013

MAQUETE LUNAR

Compreender a lua como um objeto esférico, com crateras e montanhas hoje em dia com tecnologias ópticas é bastante aceitável. No entanto, no entanto muitos alunos ainda apresentam concepções alternativas quanto ao formato, a superfície lunar, compreendendo-a como discos (BISCH, 1998).
Atividades que favoreçam o reconhecimento das características físicas não observadas a olho nu são essenciais na transposição de concepções alternativas.
A preocupação de compreender a Lua em suas particularidades, aquém da esfera mítica é antiga. Um dos primeiros a obter sucesso em suas conclusões foi o cientista Galileu Galilei, ao observar diretamente o satélite terrestre com um telescópio (perspicillum galineano), averiguando crateras e montanhas (DANHONI NEVES et. al, 2010).
Atualmente muitas das escolas ainda não contam com um aparelho óptico, como um aparelho óptico que permita a observação das crateras e montanhas lunares, mesmo a 400 anos após intervenções cientificas de Galileu.
Além disso, há aqueles educandos com dificuldades especiais que o impossibilita de atividades observacionais telescópicas. Deste modo, o presente trabalho propõe a construção de um objeto de aprendizagem de baixo custo para representar as características da Lua aos educandos.
A confecção deste objeto envolve: uma bola de isopor (qualquer tamanho), papel cartão preto e um pincel, encontrados em papelarias; 500 ml de massa corrida e lixa de revestimento, encontradas em lojas de materiais de construção e espátulas.
Inicialmente é necessária a escolha da bola de isopor. Neste trabalho foi escolhida uma de 150 mm de diâmetro. No entanto, como a atividade procederá com o intuito demonstrativo é recomendável uma esfera maior ainda.
Com espátulas ou mesmo pincel espalhe a massa corrida sobre a esfera de isopor, deixando a superfície da bola homogênea. Com o material de revestimento ainda úmido, desenhe crateras, simbolizando as da Lua (Fotografia 1).

Fotografia 1: Desenhando crateras lunares com pincel em meio a massa corrida ainda úmida.
Fonte: Autoria própria.
Ao secar a massa corrida pode apresentar muitas imperfeiçoes, as quais podem ser corrigidas utilizando a lixa.
O educador pode ainda construir um cone de papel cartão simbolizando o cone de sombra que se forma por ocorrência da iluminação solar e que ocasiona eclipses solares (Fotografia 2).
Para acoplar o cone à lua é necessário utilizar um palito de churrasco (papelaria) ou uma barra de ferro rosqueada (materiais de construção) que atravessem a bola de isopor (Lua) e o cone de sombra (Fotografia 2).

Fotografia 2: Luas com os cones de sombra.
Fonte: Autoria própria.
A principal referência de uso deste objeto está na própria demonstração. Mostrar aos alunos que a Lua é uma superfície sólida, com crateras e montanhas são intervenções importantes ao ensino de Astronomia.
O professor pode usufruir deste objeto abordando a contextualização história, pois antes dos trabalhos de Galileu e posteriores, os povos pensavam a Lua com uma superfície sem imperfeições.
Contextualizações com relação a escala do sistema Sol, Terra e Lua também são validas. Qual tamanho teria a Terra, ou o Sol em relação a esta Lua? Lembrando que para uma Lua de 10 cm, a Terra seria de aproximadamente 36 cm e estariam distantes a 11 metros (Tabela 1).
Tabela 1: Sistema Sol-Terra-Lua: escala considerando uma Lua com 10 cm de diâmetro.
Escala 1 = 34750000.

Diâmetro Real (Km)
Diâmetro nesta escala (cm)
Distância Real
Distância nesta escala (m)
Sol
1.390.000
4000
______

Terra
12.756,28
36,5
149.600.000 (ao Sol)
4305
Lua
3.475
10
384.399 (à Terra)
11

Fonte: Autoria própria.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PROJETOR SOLAR



Esta atividade inclui recursos de aquisição dificultada, pois utiliza uma luneta (telescópio refrator) e um suporte universal. Com este recurso é possível projetar o Sol em uma folha de papel possibilitando a demonstração de manchas solares e seu formato esférico.

O Sol desde os primórdios despertou o interesse dos povos. Fonte de energia e mantenedor da vida terrestre este astro despertou crenças e admiração. No entanto sua observação direta a olho nu é perigosa e NÃO ACONSELHADA.
Deste modo o presente trabalho, propõe a observação do Sol por meio da PROJEÇÃO SOLAR (refração). O qual consiste em projetar a imagem do Sol em uma folha de papel, sem agredir a visão humana. 
Este método foi utilizado inicialmente a mais de quatro séculos. Galileu Galilei foi um dos primeiros cientistas a utilizar este recurso, ficando surpreso ao verificar que o Sol não era aquela esfera homogênea e perfeita como se acreditava até então. Aquele astro possuía manchas escuras que estavam a girar de acordo com a rotação do Sol.

Os materiais utilizados neste objeto não são de fácil aquisição. Utiliza o equipamento Galileoscópio (objeto óptico) disponibilizado para inúmeras escolas pela Comissão da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Os demais materiais são: pedaço de papelão de 25cmx25cm; suporte universal; garra metálica e folha de papel em branco (Fotografia 1).
1º Etapa: Faça um orifício na região central do pedaço de papelão de diâmetro igual ao da parte frontal do Galilescópio.
2ª Etapa: Acople o pedaço de papelão no Galileoscópio.
3ª Etapa: Posicione o Galileoscópio no suporte universal, com auxílio da garra metálica (Fotografia 1).
Fotografia 1: Projetor Solar. A) Galileoscópio; B) Placa de papelão; C) Suporte universal com garra metálica; D) Folha de papel coletora de luz.
Fonte: Autoria própria.
4ª Etapa: Direcione o instrumento ao Sol, baseado em sua sombra e NUNCA OBSERVANDO DIRETAMENTE.
Com uma folha de papel em branco colete a luz da refração do Sol, podendo desta forma demonstrar manchas solares e eclipses (Fotografia 1).
As imagens reproduzidas por este objeto são de ótima qualidade, possibilitando sim investigações esclarecidas. Deste modo, o professor pode estar contextualizando a refração solar em diferentes dias, observando a movimentação de manchas (Fotografia 2).
É valido novamente ressaltar a periculosidade de estar observando o Sol diretamente com este equipamento. Deste modo outros modelos também são incentivados nos trabalhos de Catelli et. al. (2009); Livi (2009): Reis, Garcia e Baldessar (2012), dentre outros.
Fotografia 2: Imagens do Projetor do Sol e de projeções realizadas; percebe-se o formato do Sol e a presença de manchas solares.

Fonte: Autoria própria.